Corregedoria da PM abre investigação após denúncias sobre policiais que roubam bocas de fumo em São Gonçalo e Itaboraí

  • 21/01/2025
(Foto: Reprodução)
Relatório da Corregedoria cita que ao menos três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores de Itaboraí integram quadrilha intitulada 'Fantasmas'. Corregedoria da PM abre investigação após denúncias sobre policiais que roubam bocas de fumo A Polícia Militar investiga se agentes da corporação estão envolvidos em roubos de bocas de fumos de São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana do RJ. Segundo uma investigação da Corregedoria, em alguns ataques, os traficantes acabaram sendo mortos, e os investigados, baleados. O relatório da investigação aponta que uma quadrilha, intitulada os "Fantasmas", que seria formada por ao menos três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores de Itaboraí, teria assaltado seis pontos de drogas nos últimos meses. Em dois dos casos houve mortes. "Grupo que se autodenomina 'Fantasmas', tendo como atividade atacar traficantes de drogas em “bocas de fumo”, a fim de subtrair capital, oriundo da venda de entorpecentes, como também, extorquir criminosos que porventura fossem capturados e comercializar as drogas e armas que fossem arrecadadas". O documento, produzido no ano passado a partir de ligações recebidas pelo Disque Denúncia, foi feito pelo 7º BPM (São Gonçalo) e entregue à Corregedoria da instituição, que passou a investigar os policiais. O caso foi revelado pelo Jornal Extra, e o g1 e a TV Globo tiveram acesso ao relatório. Os crimes Assalto no Buraco Quente, em setembro de 2024 Reprodução Um dos assaltos teria acontecido no dia 13 de setembro de 2024 em um dos acessos à comunidade do Buraco Quente, em São Gonçalo. Os policiais teriam rendido dois bandidos que estavam no local. Toda a ação durou menos de 50 segundos e foi filmada. O documento afirma que traficantes que estavam na boca de fumo perderam cocaína, maconha, armas e dinheiro. As investigações apontam que dois PMs e um ex-policial militar participaram da empreitada. De acordo com a Corregedoria, o grupo estaria usando o armamento do Estado para atacar bocas de fumo e cometer os crimes. E, de posse do material, negociava com outros criminosos. A corporação identificou que pelo menos três carros eram usados na prática dos crimes: um Fiat Siena, um Mercedes Benz e um Fiat Fiorino. O documento aponta que o grupo estaria envolvido em pelo menos dois assassinatos no ano passado: no dia 18 de junho, no bairro Apolo, em Itaboraí, e em 2 de julho, no Arsenal, em São Gonçalo. No último caso, o crime foi filmado por câmeras de segurança da região. O que diz a PM Em nota, a Polícia Militar afirmou que "os procedimentos conduzidos pela Corregedoria Geral da corporação transcorrem de maneira técnica e minuciosa, não cabendo exposições de dados que possam atrapalhar as apurações". Ainda segundo a PM, a intuição "não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos".

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/01/21/investigacao-bocas-de-fumo.ghtml


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