Frustração da rotina e das metas: como lidar com expectativas no início do ano
20/01/2025
(Foto: Reprodução) Como encontrar equilíbrio entre suas metas e a realidade da rotina. O desafio de estabelecer novas rotinas
O início do ano é marcado por um sentimento de renovação e pela oportunidade de transformar hábitos. No entanto, transformar resoluções em ações concretas pode ser uma tarefa complicada. Fatores como a volta à rotina após as festas e as demandas do dia a dia dificultam a adoção de novos hábitos. Além disso, a pressão para cumprir metas pode gerar ansiedade e frustração, especialmente quando essas metas não são bem definidas ou são muito ambiciosas.
A psiquiatra Marina Carvalho, de Volta Redonda, afirma que essa sensação de frustração vem da ansiedade em querer transformar a vida de uma hora para outra: “Muitas pessoas querem transformar a vida completamente no começo do ano, mas isso pode se tornar um ciclo de frustração. É fundamental ser realista e reconhecer que pequenas mudanças ao longo do tempo têm um impacto mais duradouro”.
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Frustração da rotina e das metas: como lidar com expectativas no início do ano
Divulgação/Freepik
A importância de criar metas realistas
Como citado pela psiquiatra, uma das estratégias mais eficazes para estabelecer rotinas é definir metas claras e alcançáveis. Dividir grandes objetivos em pequenas etapas pode ajudar a manter a motivação e dar a sensação de progresso. Além disso, priorizar atividades e estabelecer horários específicos para cada tarefa facilita o cumprimento das metas.
“Pequenos passos, aliados a metas bem definidas, ajudam as pessoas a se manterem motivadas. Celebrar as pequenas conquistas é essencial para evitar frustrações e manter o foco ao longo do ano”, destaca a Dra. Marina.
Dra. Marina Carvalho
Divulgação/PV Schultz
O papel do celular na rotina
O celular, embora seja uma ferramenta poderosa para organização, também pode se tornar um obstáculo. Aplicativos de calendário e listas de tarefas ajudam a manter o foco, mas o uso excessivo de redes sociais e notificações constantes pode gerar distrações e comprometer a produtividade.
“Estabelecer limites para o uso do celular é essencial. Reserve momentos específicos para checar mensagens e redes sociais e aproveite os recursos tecnológicos para auxiliar na rotina, como lembretes e aplicativos de planejamento. Isso pode fazer toda a diferença no cotidiano,” orienta Dra. Marina.
Frustração da rotina e das metas: como lidar com expectativas no início do ano
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Lidando com a autossabotagem e o medo de falhar
Outro obstáculo comum no cumprimento de metas é a autossabotagem, que muitas vezes está ligada ao medo de falhar e à falta de autoconhecimento. Quando uma pessoa não entende bem suas próprias necessidades e limitações, é fácil cair em comportamentos que minam o progresso, como procrastinar ou desistir diante das primeiras dificuldades.
“A autossabotagem pode ser um reflexo de expectativas irreais ou do receio de não ser capaz de cumprir o planejado. É essencial olhar para dentro, entender seus valores e estabelecer metas que estejam alinhadas com sua realidade. O medo de falhar faz parte do processo, mas não deve ser um motivo para parar,” explica a psiquiatra.
Reconhecer esses comportamentos e buscar estratégias para enfrentá-los, como apoio psicológico ou práticas de autorreflexão, pode ajudar a construir uma relação mais saudável com os próprios objetivos.
Começando o ano com mais equilíbrio
A transição para uma nova rotina não precisa ser um processo estressante. Como ressalta a Dra. Marina, “O mais importante é encontrar um ritmo que funcione para você, respeitando seus limites e celebrando cada conquista, por menor que ela pareça.” Pequenos passos, aliados a metas bem definidas e o uso consciente da tecnologia, podem facilitar a criação de hábitos saudáveis e sustentáveis.
No entanto, se sentimentos como ansiedade, frustração ou desmotivação se tornarem frequentes, é importante buscar ajuda profissional. “Um acompanhamento especializado pode ajudar a identificar as causas dessas dificuldades e fornecer ferramentas para lidar com elas de maneira mais saudável,” conclui.
Dra. Marina Carvalho - CRM 5298930-4
