PM achado morto em Caxias foi assassinado na Maré domingo e troca de tiros também matou barbeiro
21/07/2025
(Foto: Reprodução) Polícia investiga circunstâncias da morte de PM e jovem de 21 anos
A Polícia Civil identificou o PM encontrado morto, no banco de trás de um carro, na manhã desta segunda-feira (21), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O sargento Gabriel Guimarães Sá Izaú era do Batalhão de Choque da Polícia Militar e tinha 41 anos. O corpo estava com marcas de tiros.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) fez a perícia do veículo. De acordo com as investigações, o sargento foi morto na Vila do João, na Maré, há 15 quilômetros do local. Durante a troca de tiros um barbeiro foi baleado e morreu posteriormente.
Câmeras de segurança registraram o Ford EcoSport branco que estava com o corpo do policial sendo deixado em Caxias, às 16h do domingo (20).
Gabriel Guimarães Sá Izaú, de camiseta e mascara preta, chegando para depor em processo por agressão e racismo, em 2020
Reprodução/TV Globo
As imagens mostram um homem de luvas descartáveis e boné, saindo do carro de cabeça baixa. Ele entrou em outro veículo que saiu imediatamente.
Segundo a polícia, Izaú entrou de carro na Maré e disparou contra traficantes, que reagiram e mataram o agente. Não se sabe por que ele foi até lá. Parentes relataram que o sargento saiu de casa ontem depois de uma discussão familiar.
Durante a troca de tiros, o barbeiro Robson Ferreira da Silva, de 21 anos, foi baleado.
Ele foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré, mas não resistiu. A polícia afirma que ele não tinha anotações criminais nem envolvimento com traficantes.
O militar morto era réu por agressão e racismo. Em 2020, Izaú foi filmado, junto com Diego Alves da Silva, soldado do Batalhão de Choque, imobilizando o entregador Matheus Fernandes, que estava no chão.
O jovem foi ao Shopping Plaza, na Ilha do governador, troca um presente que tinha comprado para o pai. Ele disse que foi ameaçado com uma pistola pelos agentes, que estavam atuando como seguranças particulares da empresa Prisma.
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De acordo com a PM, 29 agentes da corporação morreram em situações violentas no Rio de Janeiro este ano. Destes, 18 foram mortos enquanto estavam de folga, quatro em serviço e sete estava inativos.
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